A COLUNA PRESTES EM CAMPO ERÊ.

A Coluna de Luiz Carlos Prestes no ano de 1925 permaneceu na região  do dia 07 de fevereiro até o dia 28 de março, ficando acampada no distrito de Barracão, hoje Dionísio Cerqueira.

A coluna era composta de 800 homens, sendo que apenas 500 possuíam armas e com apenas 10 fuzis e poucos cavalos.

Ali se encontrou com os companheiros: Siqueira Campos, João Alberto Cordeiro de Farias e Portela Fagundes. Com a chegada de Prestes as forças governamentais  estabelecidas em Barracão e Campo Erê se retiraram em direção a Clevelândia e Palmas. Luiz Carlos Prestes  então ordenou , sob o Comando do Coronel Fidêncio de Mello, que 250 homens atacassem Clevelândia e Palmas. O Coronel Fidêncio era fazendeiro da região e amigo do General João Francisco que por sua vez era amigo de Luiz Carlos Prestes.

Os homens de Prestes, passaram por Campo Erê, e pouco antes de Clevelândia , no dia 19 de fevereiro de 1925, se encontraram com as forças inimigas comandadas por Firmino Paim.  Após o combate , em menor  número e menos armados, e impossibilitados de cumprir a missão , trataram de retardar a progressão da tropa governista , e iniciaram uma “guerra de emboscadas” diárias contra as tropas governistas, causando grandes estragos e baixas. Os combatentes chegaram de volta a Barracão no dia 24 de março, quando iniciaram a viagem até Foz do Iguaçu. 

A tropa de Prestes permaneceu acampada em Campo Erê por mais de um mês  nas propriedades da família Rocha Loures, próximas da comunidade denominada hoje de Bicudo. Aqui encontraram grande quantidade de gado que era criado nos campos nativos e que serviram de alimento as tropas.

Anos após, um dos filhos de Luiz Carlos Prestes, esteve em Campo Erê a procura de um enteado do pai, que havia falecido e enterrado entre três araucárias, nas margens do Rio Capetinga, na divisa de Campo Erê e Palma Sola, conforme relato do senhor Névio Caldatto.

Nada foi encontrado em razão do desmatamento e da utilização das terras em lavouras.

Luiz Carlos Prestes foi militar e político que em 1924 liderou a revolta tenentista na região das Missões no Rio Grande do Sul e que percorreu todo o país. A  marcha terminou  em 1927, após percorrer com 1.500 homens, cerca de 25.000 quilômetros. Prestes lutava contra o poder da oligarquia governante e exigia reformas políticas e sociais.