Caps promove palestra alusiva à prevenção do suicídio

Em alusão ao setembro amarelo, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Microrregional de Campo Erê, órgão vinculado ao Consórcio da Região do Rio Sargento de Integração Municipal (Cresim), realizou nesta quinta-feira (13), palestra alusiva ao tema, com o objetivo de alertar a população a respeito da realidade do suicídio e as formas de prevenção.

 

A palestra ministrada aos usuários do Caps, foi proferida pela psicóloga Pâmela Pansera. Entre os assuntos abordados, estavam as verdades e os mitos em torno do suicídio, como identificar alguém que tem a intenção de cometê-lo, o que fazer e o que não fazer diante de uma pessoa sob risco de suicídio entre outros subtemas pertinentes.

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio no mundo. É a terceira maior causa de morte entre homens de 15 a 29 anos (depois da violência e dos acidentes de trânsito), e a quarta entre os jovens em geral. São números altos, que revelam um problema de saúde pública complexo, com sérias consequências emocionais, sociais e econômicas.

 

De acordo com a psicóloga, Pâmela Pansera, existem inúmeros sinais de alerta para identificar seguramente uma pessoa que está com intenções de tirar a própria vida, como a falta de pertencimento e de propósito de vida, transtornos mentais não tratados de maneira apropriada, sentimento de não existência, expressão de ideias ou de intenções suicidas, preocupação com sua própria morte ou falta de esperança, isolamento, perda de emprego,  discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, entre outros fatores.

 

“Falar sobre o suicídio é quebrar tabus, é mostrar que a sociedade precisa falar sobre a saúde mental, falar sobre as emoções, expor os sentimentos. As estatísticas de suicídio no mundo são alarmantes e precisamos com urgência conscientizar as pessoas de que a vida precisa ser preservada, e que as dificuldades existem para serem superadas”, destacou Pâmela Pansera.

 

Conforme a enfermeira do Caps, Juliana Ansiliero, o suicídio é um fenômeno complexo que precisa ser discutido na sociedade assim como na mídia. “Esse é um tema muito importante e a única maneira de prevenirmos é falando sobre ele. O suicídio pode afetar pessoas de diversas classes sociais, idades e origens. A nossa missão junto ao Caps, é fortalecer o serviço de atenção psicossocial, a fim de propiciar a assistência adequada a todas as pessoas que necessitam de atenção e cuidado”, afirmou.

 

Juliana Ansiliero, disse ainda que é importante que o indivíduo não hesite em procurar ajuda com uma pessoa a qual confia ou com profissionais capacitados em auxiliar e oferecer o suporte necessário para enfrentar este momento.